sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

11/12/2011 – Karlstejn, República Tcheca

Nada como uma noite bem dormida em uma cama confortável. Acordamos às 7h20, tomamos café da manhã no hotel (alias, muito bem servido )  e fomos a pé até o terminal de trem Hlavini nadrazi, o principal da cidade, onde vamos pegar o trem para Karlstejn para conhecer o castelo do século XIV que leva o nome da cidade.
Aqui no inverno, como o sol demora pra nascer, conseqüentemente a manhã é bem fria, mas já estamos bem vacinados de frio europeu.
O terminal de trem Praga Hlavini é maravilhoso, muito moderno, grande, muitas lojas, painéis digitais mostrando horários de chegada e partida dos trens, o guichê para compra de bilhetes parece mais uma agência bancária, com mesas, computadores e vários atendentes.
Como é nosso primeiro dia de viagem de trem, tivemos nosso Eurail Pass carimbado pela primeira vez e marcamos a data de inicio da validade e o término que será 01/01/2012, ou seja, serão 21 dias corridos para viajar de trem pela Europa sem ter que pagar mais nada.
O sistema ferroviário europeu é maravilhoso, os trens tchecos são tão modernos quanto os alemães, possuem 2 andares, painéis digitais internos mostrando o horário e a próxima estação que o trem irá parar além da pontualidade, pois saímos de Praga exatamente às 8h40 como estava marcado. Foram 40 minutos de viagem até Karlstejn.
Chegando em Karlstejn, me veio na memória Brugges (cidade da Bélgica), que conhecemos no ano passado, onde na ocasião pegamos um trem de Bruxelas e uma viagem de pouco menos de 1 hora chegamos numa cidade interiorana pequena, com rios e casinhas medievais.
Karlstejn parece mais um vilarejo que cresceu em torno do castelo, com placas por todo lado mostrando a direção do castelo aos turistas, foi fácil chegar, mas também as ruas cheias de lojinhas e restaurantes (fechadas, pois era domingo pouco mais de 9 da manhã), rodeada de montanhas e árvores, assim fica fácil de caminhar até na ladeira mais íngreme para chegar até o maravilhoso castelo.
Ao chegar no castelo parecia que tínhamos entrado numa máquina do tempo, com as estruturas muito bem preservadas, me senti realmente no século XIV quando o castelo foi construído e me veio em mente todos os filmes medievais e contos de fadas onde príncipes e princesas subiam o morro de carruagem até o castelo. Todo o esforço valeu a pena.
Compramos ingresso para visitar o castelo com guia em inglês (só é possível entrar no castelo com guia) que começou às 10h10 da manhã. Enquanto esperávamos chegar nossa vez, tomamos um café e um chocolate quente na frente do castelo para esquentar um pouco.
A guia nos levou junto com um grupo de umas 10 pessoas para conhecer a parte interna do castelo, a cada cômodo que entravamos era um suspiro e uma surpresa diferente, apesar de ser tcheca, a guia tinha inglês fluente e falava muito rápido com sotaque, muitas coisas acabamos entendendo apenas o contexto.
Todos os cômodos que entravamos, a guia abria e fechava a porta pesada com chaves enormes muito parecidas provavelmente com as originais. Impressionou-me que todos os cômodos tinham lareira, esse era a única maneira dos antigos moradores se aquecerem do frio no alto da montanha.
Não conhecemos o castelo inteiro, algumas partes estavam fechadas, talvez abram apenas no verão ou estavam em reforma. Achei interessante também que muitos cômodos tinham as paredes preservadas e eram originais de sua construção, algumas com madeira italiana. Dentro do castelo vi também o primeiro quadro europeu de um negro, era de um rei egípcio.
A visita demorou cerca de 1 hora, pouco mais do previsto, pois tinha uma tiazinha tcheca muito chata que ficava explicando em tcheco para seus amigos tudo que a guia falava do castelo.
Infelizmente não era permitido tirar fotos na parte interna do castelo, mas entre alguns cômodos ao passarmos por fora do castelo, sempre dava pra tirar algumas fotos de lugares diferentes, um mais lindo que o outro.
Ao término da visita, fomos ainda numa torre onde vimos um poço enorme onde no passado os moradores do castelo usavam para pegar água limpa, além de uma vista deslumbrante da cidade lá do alto.


O caminho de volta para a estação de trem foi mais tranqüilo, afinal só tínhamos que descer as ruas, além disso as lojas já estavam abertas, era pouco antes do meio-dia. Paramos numa barraca para comer um Trdlo, comida típica tcheca feita num rolo quente e coberta de açúcar e canela, muito bom.
Chegando na estação de Karlstejn, pegamos o trem de volta pra Praga às 12h36.

2 comentários:

  1. Primo, tinha esquecido do blog. Bom, nem preciso dizer o quanto acho tudo isso que vcs viveram e vão viver fantástico, né? Parabéns :) espero ver fotos e relatos de todos os cantos do mundo. Bjsssssssss

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    1. hahaha oi primaaa!! foi tudo maravilhoso mesmo e espero não parar jamais de viajar!!! ainda não peguei o jeito de "blogueiro", mas vou me esforçar pra manter atualizado!!! bjs!!!

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