terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Cidade Luz

Olá!
Faz um tempinho que não posto nada e para isso eu não tenho desculpas!
Mas, vou fazer minha parte e escrever agora. Quem sabe, eu me redimo com vocês...
Está chegando o fim do ano. Mais um ano que passou voado, mas que vai deixar saudades (ao menos para mim). Isso me faz lembrar dezembro passado, quando foi a primeira vez que eu viajei para fora do país. Sim sim, muita gente sabe disso, porém, não custa relembrar: era meu sonho viajar para o exterior. O que talvez as pessoas não saibam é que a França não era meu objetivo inicial e, talvez por isso, tenha sido o primeiro país visitado na nossa pequena, porém, bem feita viagem!
Paris, para muitos é a cidade mais romântica da Europa, cidade de intelectuais, escritores, atores, autores, diretores e, é claro, romances infindáveis.
Pois é, eu não via graça nenhuma em Paris! Quem quiser me crucificar por uma infâmia dessas peço que espere mais um pouquinho, eu me explico.
Paris, em geral, me passava a sensação de ser a cidade da Torre Eiffel. Ponto. Só isso. Quando a cidade entrou para o nosso roteiro de viagem, eu pensei: “existem tantos outros lugares, porque Paris?”. Mas sabe, as opiniões podem mudar.
Chegamos lá no dia 11 de dezembro de 2010. A temperatura local era de aproximadamente 6°C. Poderia ser considerado um dia de tempo ameno, levando em conta que o inverno naquele ano havia chegado muito cedo e muito mais rigoroso que o esperado. Em suma, pior inverno dos últimos 100 anos na Europa!
Para nós, que não estamos acostumados com o frio, foi um choque ver a cidade-luz cinza! “Não era o que eu esperava”, pensava eu, olhando da janelinha do avião. Desembarcamos no aeroporto Charles de Gaulle, ou Roissy para os íntimos, com o céu nublado (leia-se nublado demais!), aparentando que alguma chuva havia caído há pouco tempo.
Diante disso, você pode pensar: ”agora sim, ela nem via tanta graça em Paris (ironia), vai odiar depois dessa”
Foi um grande engano pensar assim. Por tudo isso, logo de começo, acho que me apaixonei por Paris, ali, saindo do avião. Não tinha muitas cores, não tinha movimentações insanas (do tipo que costumamos ver nos finais de ano em SP)... Tinha só aquele aeroporto deslumbrante, calma e a certeza de que aquilo seria mágico. E sem dúvidas, foi.
Visto carimbado pela Policia Federal francesa dentro do Aeroporto Charles de Gaulle.
Esqueça toda a burocracia de passar pela imigração, carimbar passaporte, pegar as malas, ser revistado, ouvir mil perguntas sobre quem é você e o que você pretende ali. Foi mais difícil andar pelo aeroporto, que é enorme, do que passar pela imigração e tudo mais. Não é que seja um país desleixado, mas era algo muito rápido, muito bem feito, sem aquela paranóia de que todos ali são suspeitos de terrorismo. Fomos tratados como turistas e isso é... Simples!
O mais “chato” vem agora. Pegamos um táxi até o nosso hotel (poderíamos ter ido de metrô, sim, mas era a primeira vez na Europa, vamos pegar um táxi!). Apesar de o taxista ser muito educado e gentil, 130 euros se foram nessa brincadeira. Marinheiros de primeira viagem... Gostaria de ter lido um post sobre isso, antes dessa viagem (risos e mais risos). Tudo bem, tudo é experiência e serve como lição. (Algumas mais caras que outras!)

Mas ai Paris foi se abrindo para mim, sabe aquele sentimento de estar descobrindo alguma coisa realmente incrível? Sinta isso saindo do Roissy, percebendo cada construção na viagem até o hotel, que ficava no Montmartre. Começamos a ver coisas que, até então, só os filmes nos mostravam. Os bulevares, as avenidas, os bares, até o Stade de France. Sim, tudo tão lindo quanto no cinema. 
Vista do Stade de France (palco da final da Copa de 98) de dentro do táxi.

Eu, em uma das charmosas ruas na região em Montmartre, Paris.
E então seria o destino termos ficado ali, aos pés da colina que está associada a artistas há tanto tempo? Acho que não, Paris é uma estrela de cinema.
Visitamos a igreja Sacre-Coeur no primeiro dia, é uma visita que recomendo muito aos que pretendem ir à cidade. Ela fica no alto da colina mesmo, e te dá uma vista impressionante. A basílica que foi concluída em 1914 abriga a estátua “Virgem Maria e o Menino”, do escultor francês P. Brunet. Mas, só pela fachada romano-bizantina, já vale a subida. Aproveite e guarde na memória a estrutura interna da igreja, pois não é permitido fotografar lá.
Eu, na frente da maravilhosa igreja Sacre-Coeur.
 Na região há comércio voltado para turistas mesmo, com lojinhas de souvenires, lanchonetes (com variedades de recheios para crepes, muito bom) e para os desavisados do frio europeu, é possível comprar luvas, cachecóis, toucas por um preço razoável.
Nesse dia provamos da simpatia e amabilidade francesa. Nos perdemos e fomos muito bem auxiliados por comerciantes e pedestres mesmo. Muitos acham que os franceses não curtem falar inglês, eu não senti isso. Nem aquela coisa esnobe sempre associada a eles. Mas, isso é assunto pra outro post. Quem já foi e quiser comentar sobre, ficaria feliz em lê-los. Quem quiser tirar alguma dúvida, estou à disposição também!
Beijos e muitas viagens para todos!